18/03/2010

A hora de se reinventar por Melissa Diniz




Mire-se no exemplo de mulheres que fizeram da insatisfação um motor para transformar a vida com coragem e ousadia. Especialistas ensinam os segredos da criatividade aplicada ao cotidiano


Diz um famoso provérbio que quem almeja o que nunca teve precisa fazer o que nunca fez. Parece óbvio, mas nem sempre essa sabedoria é aplicada. “Muitos indivíduos preferem manter os mesmos comportamentos, ainda que estejam insatisfeitos, pois acomodar- se gasta menos energia mental e emocional”, explica a psicóloga Márcia Belmiro, sócia-diretora da Humanitas Consultoria em RH, no Rio de Janeiro, e membro da Sociedade Brasileira de Coaching. O resultado da acomodação é uma mistura de frustração e baixa autoestima, que leva os descontentes a lamentar muito e agir pouco. “As pessoas confundem intenções com mudança real. Sempre que isso acontece, mostro a elas a discrepância entre o que dizem que desejam e o que realmente fazem para realizar esse desejo”, afirma o psiquiatra e escritor americano Gordon Livingston em seu best-seller Velho Muito Cedo, Sábio Muito Tarde – Conselhos para Viver com Vitalidade, Confiança e Coragem (Ed. Sextante).
Para Márcia, o antídoto contra a estagnação é a criatividade. “Ser criativo é ter coragem de fazer o inesperado. Trata-se de uma competência que não se restringe ao campo das artes. Servir uma deliciosa refeição com as sobras da geladeira, por exemplo, é um ato criativo. Nascemos assim para sobreviver e podemos aperfeiçoar essa qualidade ao longo da vida”, acredita.
Na opinião da filósofa e psicanalista Viviane Mosé, a criatividade está ligada à ousadia, ao ânimo e, muitas vezes, é provocada por dificuldades externas, como perdas e desafios. “Criar é sair do estabelecido, da zona de conforto. Para isso, é preciso arriscar-se. Se você quiser saber se sua vida anda criativa, observe quanto de ação e quanto de espera existe nela”, diz. Por outro lado, se perceber que está repetindo os mesmos erros, jargões e conflitos, é hora de dar uma guinada. “Na maioria das vezes, a transformação começa com pequenas atitudes que, pouco a pouco, irão trazer recompensas gratificantes, como iniciar uma dieta, matricular-se em um MBA ou simplesmente encontrar mais tempo para si mesma”, explica Márcia.
Inspire-se na experiência de quem venceu a acomodação e a inércia e inventou um novo jeito de viver, amar e trabalhar.


Gostou? E que saber mais...va ate



Um beijo,

Raquel

Não há quase nada que o sol e um mergulho não curem!!


Agora que o verão começou, é hora de sacudir as tristezas e ir à luta.
À luta e à praia.
Afinal, não há quase nada que o sol e um mergulho não curem.
E a estaçãocombina com alegria e divertimento.
Abra uma janela em sua vida e vá em frente.
Há quanto tempo não faz isso?
Lembra daquele dia em que ficou na dúvida se ia ou não à festa, e preferiu ficar em casa só de preguiça, sobretudo por já ter ido a tantas festas e não ter acontecido nada de excepcional (quer dizer, nada que tenha compensado ter posto um sapato alto, passado um batom e um rímel e tirado o carro da garagem)? Pois fez mal.
Faça como as cigarras: como é verão, cante.

Para começar, é preciso sair de casa.
Se não tiver o que fazer, dê uma volta no quarteirão, vá comprar um sabonete, tome um guaraná na lanchonete, invente qualquer coisa, mas rua. Estando de bom humor, brilhante, cheirosa e charmosa, vai estar bonita, e muitas coisas podem acontecer: um trabalho interessante, um amigo novo, um convite para tomar um sorvete, até um louco amor de verão.
Nada mal, hein? Essa história de virar zen com um mundo tão interessante em volta, francamente, é um desperdício.
Apresse-se: você está na melhor fase da sua vida e não me venha com papo de idade, nada de ficar pensando no passado.
Qual a melhor coisa que poderia acontecer se ficar em casa? A não ser que você esteja escrevendo uma tese, nada.
E se seu problema for daqueles gravíssimos, tipo estar esperando um telefonema, também não é desculpa: tem o celular, que aliás só foi inventado para is so (por falar em celular, ele ajuda ou atrapalha os que traem? Deve ajudar, pois quem está num motel vai poder atender o telefone e dizer um monte de mentiras sem que o outro desconfie de nada; bem conveniente, esse tal de celular).
O Carnaval está chegando e nem pensar em se trancar no sítio dos amigos ou fazer retiro espiritual. Para isso vai ter tempo de sobra, depois que completar os 90. Isso se não tiver um espírito jovem, bem entendido.
Olhe-se no espelho e observe o que tem de melhor, para se exibir bastante. São as pernas, o decote ou os dois? No lugar de comprar dólares para o futuro, invista em você mesma, nem vai custar tão caro assim.
Qualquer pedacinho de lamê e três plumas fazem a festa; o mundo é todo seu, aproveite. Aceite todos os convites, não selecione muito.
No verão é assim, vale quase tudo. Avise àquele casal tão simpático, tão calmo, e com quem você gosta tanto de conversar sobre a vida, que só vai vê-los depois da Páscoa (se houvesse amizades de verão e de inverno, eles seguramente estariam no segundo grupo). Se enturme com os amigos descasados. Peça uns dias de folga, compre um protetor solar e chore mui to pela ginástica que deixou de fazer por preguiça.
Tire férias de todo esse tempo que passou querendo compreender o sentido das coisas. Elas não têm o menor sentido.
Peça àquela colega de trabalho que sempre pareceu leviana e superficial para arranjar um lugar para você sair na ala das desfrutáveis da escola de samba, e vá a todos os ensaios.
Tem que saber o samba, para cair de boca na avenida. O que quer dizer isso, exatamente? Ah, isso você é quem sabe.
Ser séria é muito bom, mas tem hora. E essa hora começa só lá pra maio.


(Danuza Leao)