Quando recomecar vale a pena!!
Persistir, se reinventar, se refazer e sonhar são
habilidades que dominamos como nenhum outro ser na face da Terra. E é a
esperança que nos mantém ali, soprando em nossos ouvidos que seremos
vencedores. Mas, como qualquer jogador sensato, precisamos reconhecer o momento
exato de abandonar o páreo. "Enquanto a pessoa enxergar possibilidades,
deve insistir", opina o filósofo e professor Mario Sergio Cortella, autor
de Não Nascemos Prontos! Provocações Filosóficas (ed. Vozes).
Repetir o mesmo padrão de comportamento, além de
cansativo, enfraquece a forma de nos posicionarmos no mundo. "Quando
ficamos presos a uma ideia, nos enrijecemos e nossa energia é rapidamente
consumida por esse estado mental", esclarece Celina.
Eis um problema:
por medo da mudança, muitas pessoas permanecem presas a uma história há muito
desgastada ao invés de começar outra do zero. E, nesse meio tempo, se recusam a
ver os inúmeros sinais de que aquela situação está se arrastando.
"É
preciso coragem para encerrar uma história antiga. Por isso, é muito comum nos
agarrarmos ao que já conhecemos, mesmo que não seja bom. Adaptamo-nos ao
terreno e ali permanecemos. Afinal, sabemos onde ficam seus buracos e suas
minas, e mais, sabemos entortar o pé para não pisar neles".
Coragem para recomeçar
Para fugir dessa posição de descrédito perante os outros
e nós mesmas, temos de aprender a sustentar nossas posições com firmeza. E para
mudar de atitude, é preciso, antes, compreender por que teimamos em ouvir sempre
a mesma música. Sem esse reconhecimento, dizem as especialistas, fica difícil
trocar o disco.
E esse ciclo vicioso só é interrompido quando investimos
no autoconhecimento a ponto de estarmos aptas a responder a três perguntas
cruciais que nos colocam em contato com nosso mundo interno: O que eu posso
hoje? O que eu quero hoje? Do que eu preciso hoje?
Além disso, devemos reorganizar nossa casa interior
sempre que ela estiver entulhada de desejos (vivos e mortos), identificando os
projetos que ainda pulsam dentro de nós e, por isso, merecem uma segunda chance
e descartando os que perderam a razão de ser.